domingo, 8 de julho de 2007

Na calada da noite, o mundo é visto com outros olhos.

Era madrugada, um vento frio roçava em minhas costas, um latido ao longe mostrava que ainda existia vida nesse lugar abandonado por Deus. Resolvi procurar alguém pra mostrar-me um caminho a seguir. Só queria sair desse ambiente um tanto quanto assustador.
Vi uma menina ao longe, ela brincava com uma boneca suja de alguma substância vermelha. A boneca era levada pra trás e pra frente pela bela menina que orientava a boneca murmurando uma música que eu não reconhecia. Levantou-se imadiatamente ao perceber minha presença. E com um sorriso, ao meu ver, um pouco malígno, saiu correndo em busca talvez de sua mãe.
Fui atrás dela como se ela fosse minha última esperança. Ela corria muito rápido e eu já não tinha mais o porte físico do atleta que um dia fui.
Finalmente perdi a criança de vista, só sabia que ela tinha entrado num corredor e quando dei por mim, ela já não estava mais lá. Mais uma vez sozinho saí em busca de alguma alma caridosa que pudesse pelo menos me dar um copo de água, nossa que sede!
Sentei numa cadeira, ela estava no meio do que parecia ser uma estrada que não levava a lugar nenhum e vinha não sei de onde.
Pude então perceber onde eu estava, como eu tinha chegado lá e quem era aquela menina.
Eu morri.