quinta-feira, 5 de julho de 2007

O tempo cura todas as feridas.

Vento nos cabelos sedosos e ruivos. Aqueles olhos verdes parecem brincar com meus sentimentos.
Não sei o que faço pra essa menina eu ter. Ela desliza num perfeito pas de bourrée. Um Pirouette em arabesque e ela tem meu coração. Minha linda balairinha que nem de minha posso chamar, sabe exatamente o que fazer pra enlouquecer os que assistem o ensaio.
Ah! como eu queria ter uma chance de beijar aqueles pés, não! aquela boca, não! ela todinha.
Ó desejo que me corrói o peito e me mata numa solidão cruel.
Minha mais perfeita bailarina caiu no chão. Dizem que ela torceu o pé e não poderá dançar mais.
Meus sonhos foram destruídos e eu nada posso fazer. Minha bailarina tristemente foi embora pra não mais sofrer e deixou a sofrer por ela.
Olhe só! Faz 10 anos que eu não a vejo, minha bailarina, lembro como se fosse ontem. Bem, ela agora é uma professora de balé infantil, e minha esposa é a bailarina principal, antes lugar da minha bailarina.
Triste é viver de saudade.